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Piveti & Branco: Elos da Vida

A seção “Clássicos Recentes” retorna com um disco excelente, pouco conhecido e uma verdadeira pepita do rap nacional: “Elos da Vida”, lançado por Piveti & Branco em 1998. Fundadores também do Pavilhão 9, a dupla alcançou a fórmula perfeita aqui: rap, funk, disco, soul e pop mesclados numa pegada única, letras acima da média e hits prontos que se perderam na péssima distribuição e no gueto independente.

“Boa Ideia”, não por acaso a única a ganhar clip em sua versão editada (a original tem mais de 7min), é o melhor exemplo:

httpv://www.youtube.com/watch?v=BfOJFIxqXxY

A duração das músicas talvez tenha sido outro problema: “Onde SP Acaba”, sem essa vibe pop, tem 12 minutos, a única mais curta é “Puro Ecstasy”, com seus 4 minutos e pouco. No entanto, Piveti e Branco aproveitam muito bem cada minuto que produzem. O disco é obra-prima que você pode baixar neste link.

Em 2004 a dupla lançou “A Última Gota D’Água”, nome profético e outro disco igualmente excelente, que você pode baixar aqui. 

A última notícia dos dois é do portal Rap Nacional, de 2010, sobre um filme que tem apenas um teaser no YouTube (com a SENSACIONAL música “Brasil Favela”) e a versão completa que vai saber onde vai parar:

“Branco da dupla “Piveti e Branco” começa a soltar um pouco do acervo pessoal de imagens colhidas durante a trajetória da dupla. Essas imagens fazem parte do DVD intitulado “TRAJETÓRIA”, que contem cenas de alguns shows, estúdio, programas de TV e ainda de bônus 6 (seis) vídeos INÉDITOS. Piveti e Branco foram um dos primeiros a estreiar no cinema com o filme ” Onde Sao Paulo Acaba” , de Andréia Siligman, isso em 1995. Com essa experiência Piveti resolveu escrever , dirigir e atuar seu próprio filme. Brasil Favela foi o resultado de uma idéia, muito trabalho e pouco recurso. O filme que ainda não foi pras ruas tem aproximadamente 1h15m , feito em parceria com a “3 Manos Filmes”.O Roteiro traz a historia de jovens da periferia que vivem o cotidiano de armas, drogas e gravidez precoce. A trilha sonora como não podia ser diferente leva o nome do filme , nos vocais Branco e Rinea BV, uma dupla de peso para um filme de peso.”

httpv://www.youtube.com/watch?v=uHtEgPslXPU

Jornalista investigativo, crítico e escritor. Publico sobre música e cultura desde 2003. Fundei a Movin' Up em 2008. Escrevi 3 livros de contos, crônicas e poemas. Venci o Prêmio de Excelência Jornalística (2019) da Sociedade Interamericana de Imprensa na categoria “Opinião” com ensaio sobre Roger Waters e o "duplipensar brasileiro" na Movin' Up.

Published in Clássicos Recentes