
Damos adeus “A música de Albion” e seus inúmeros posts (grande, ao menos em extensão, volta pela música inglesa, galesa e escocesa, não?) com um post especial sobre os grandes grupos tradicionais da Escócia.
O final dos anos setenta, em muito na esteira de Seon Ó Riada, os Chieftains e os demais grupos irlandeses do início dos anos sessenta, viu uma grande leva de supergrupos tradicionais, tanto na Irlanda quanto Escócia. Grupos que reuniam os maiores músicos dos pubs para dentro dos palcos ao redor do mundo e estúdios de gravação.
Na Escócia eu citaria três grupos centrais : o Silly Wizard, o Battlefield Band e o Tannahill Weavers.
O Silly Wizard foi , infelizmente, um grupo que encerrou suas atividades relativamente cedo, comparando com os outros dois objetos deste post, mas foi o suficiente para lançarem grandes discos, com as grandes canções que caracterizam estas bandas da Escócia dos setenta, e ainda revelar excelentes músicos tradicionais tais como Johnny e Phil Cunningham o excelente cantor Andy M. Stewart.
Para mim todos os discos do Silly Wizard estão no cânone da música tradicional escocesa. Não são somente grandes interpretações da tradição, é “algo novo”, mas com grande amplitude e sem esquecer a tradição. É o tipo de grupo que instaura uma nova tradição, interpretações contemporâneas que soam atemporais.
Disponibilizo aqui o play Caledonia Hardy Sons (ouçam a belíssima balada Fhear a Bhata é, na voz de Andy Stewart, uma das baladas mais bonitas que ouvi!): CD Caledonia Hardy Sons
Outro clássico da Escócia é a Battlefield Band (foto), capitaneada por Alan Reid o único remanescente da formação original. O Battlefield Band é reconhecido por seu dinamismo, pelo uso livre de uma sonoridade mais aberta e contemporânea (num sentido mais “rock” ou “pop” do que seria as intervenções contemporâneas no Silly Wizard), mas aqui novamente sem deixar de soar bastante enraizado.
Disponibilizo aqui o play Happy Daze que conta com a participação da vocalista Karine Polwart. CD Battlefield Band Happy Daze
Por fim para fechar este ciclo de posts da melhor maneira possível o AC/DC da música tradicional escocesa, o Tannahill Weavers. Eis uma banda que soa heavy sem sequer um instrumento elétrico… “culpa” em parte, é verdade, da Great Highland Bagpipe que eles usam. À parte os grandes riffs (como certa definiu perfeitamente o Luiz Garcia da banda Ashtar) desperta nossa atenção nos Tannahills o uso incrível que eles fazem das harmonias vocais. E dá-lhe canções jacobitas!
Faz já um bom tempo publiquei, no site de rock Whiplash (antes dele se tornar uma filial rockeira da Contigo hehe), uma entrevista com Phil Smillie flautista da banda que vocês podem ler aqui.
E mais: CD Tannahill Weavers Live and In Sessions
Esperam que tenham gostado do passeio pelas ilhas….
E logo mais Copa do Mundo (e um post por dia, ou quase…)
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