“Os ingressos para o show acabaram há mais de 10 dias. A casa só comporta 420 lugares. Tentamos uma liberação junto ao Corpo de Bombeiros, mas eles estão muito rigorosos na questão da segurança. Também tentamos marcar outra data em Brasília, mas foi impossível”. Isto foi o que a assessora do evento na capital federal se apressava a me explicar por telefone. Ingressos esgotadíssimos. Totalmente sold-out, 10 dias antes do show. E foi assim nas três (!!!) noites em São Paulo. Tudo bem que o preço de R$ 20 a meia entrada na cidade com a maior renda média do país é muito convidativo. Ainda assim, todo esse interesse no Little Joy impressiona.
Estas duas palavrinhas, aliás, sem dúvida deve ter sido o nome de banda indie que você mais ouviu nos últimos tempos. Desde que o disco vazou na internet, no final do ano passado, o hype se alastrou. No Brasil, explica-se porque se trata do primeiro projeto de Rodrigo Amarante pós-Los Hermanos, naquela foi que a banda mais cultuada do país. Somado ao fato de ter sido formada nos Estados Unidos e com o cool Moretti, dos Strokes, cria-se aquela “aura mágica” de puro encantamento que todo subdesenvolvido padrão tem com as coisas lá de cima do globo.
Na mídia estrangeira, pense nos milhares de sites, revistas, rádios (etc) indicando o projeto de um integrante do Strokes. Resultado: shows em pequenos lugares lotados na Europa, EUA e Brasil.
Musicalmente, o grupo é descompromissado, divertido, com algumas boas melodias e refrães grudentos. Deliciosamente praiano, dirão alguns. É verdade. Mas nada de espetacular.
httpv://www.youtube.com/watch?v=TxEpngNm_Us
Notícias do grupo pipocaram em todo lugar: fui praticamente cercado pelo nome Little Joy nas últimas semanas. O que é interessante, afinal. Tomara que sobrevivam para lançar o segundo disco.
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