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Petite Noir – The King Of Anxiety

O belga Yannick Ilunga é mais uma dessas boas surpresas. Filho de pai congolês e mãe angolana, mudou-se para a África do Sul aos seis anos de idade. Com o primeiro single – “Till We Ghosts” – lançado em 2012, começou a chamar atenção da mídia especializada, chegando agora ao primeiro EP.

“The King Of Anxiety” é tudo aquilo que já se falou sobre ele com uma qualidade impressionante: eletrônico alternativo, dubstep, Joy Division, pop, hip-hop e raízes africanas formando seu “noir-wave” do qual “Shadows” e o single “Chess” são ótimos representantes:

httpv://www.youtube.com/watch?v=wOyYWeyPfZo

httpv://www.youtube.com/watch?v=hCpkCLhZIJ0

Por mais que naturalmente soe recheada de referências, a música de Ilunga – aka Petite Noir – é fresca, contemporânea e com tempero próprio o suficiente para se destacar. A excelente abertura com “Come Inside”, a já citada “Till We Ghosts” (da-lhe Depeche Mode), incluída aqui, e o encerramento com “The Fall” formam um EP de respeito. Pegajosas na medida, as composições de Ilunga mostram um artista de talento que consegue se destacar num meio saturadíssimo com alto fator “replay”. Um nome para ficar atento. Ouça e comprove.

Jornalista investigativo, crítico e escritor. Publico sobre música e cultura desde 2003. Fundei a Movin' Up em 2008. Escrevi 3 livros de contos, crônicas e poemas. Venci o Prêmio de Excelência Jornalística (2019) da Sociedade Interamericana de Imprensa na categoria “Opinião” com ensaio sobre Roger Waters e o "duplipensar brasileiro" na Movin' Up.

Published in Reviews de Cds