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A música e a nudez de Morrissey

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A sexualidade de Morrissey nunca foi segredo pra ninguém. A exemplo de seu talento e importância inegável na história da música pop. Podem dizer que ele procura (não sei), mas é fato que todos se apressam a criar polêmica em torno do rapaz. Primeiro foi a capa do mais recente álbum, “Years Of Refusal”, onde Moz segura um bebê. Eu me pergunto: e daí? Agora, a confusão se dá na capa do single “I’m Throwing My Arms Around Paris”, onde ele e os integrantes da sua banda aparecem nus, cobertos apenas por um disquinho de vinil.

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Novamente, a questão carece absurdamente de importância. Que diferença faz se Moz quer ficar peladão, aparecer em cima de uma árvore ou abraçando uma vaca? (dando ênfase a sua militância vegetariana). Continuando a fazer boa música, é o que importa. Na falta do que falar, as pessoas gostam de discutir bobagens.

O novo disco é bom, mas o já citado single não passa de uma faixa beeem mediana, destas que ele compõe aos quilos, pra fazer número em álbum:

httpv://www.youtube.com/watch?v=z7_Nps1WhFQ

Ele tem trocentas composições melhores que essa. Voltando a “polêmica” da capa, algo simples de se perceber é que nos últimos três álbuns (2004, 2006 e 2009), Moz sempre apareceu segurando algo:

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Uma arma, um violino e uma criança…coisas que devem ter lá algum significado (ou não). Resumindo, é uma tremenda idiotice afirmar que a foto nu seria “um último sinal de decadência artística”, como diz o jornalista do Guardian. A menos que ele não tenha ouvido os discos lançados, o que não me surpreenderia.

O mais importante é que você dê uma conferida, vale a pena.

Published in Mundo