Incrível como o …And You Know Us By The Trail Of Dead consegue soar “fresco”, de pegada inabalada e composições criativas mesmo com 15 anos de banda e chegando ao sétimo álbum de estúdio da carreira. “Tao Of The Dead”, como tudo vindo deles, não é um disco comum e de fácil entendimento.
É punk e complexo. Direto e progressivo. Cheio de porradas e momentos de intensa melodia. Grandioso, megalomaníaco e coeso. Impressiona o tanto de variação que Conrad Keely e Jason Reece conseguem enfiar em músicas curtas, a maioria com menos de 3 minutos de duração. É como se os delírios progressivos dos anos 70, redivivos nos herdeiros da década de 90, encontrasse o punk cerebral do Fugazi, a energia do Helmet e o experimentalismo do Slint.
É pretensioso e juvenil ao mesmo tempo que maduro. É difícil de acompanhar, já que as músicas não tem divisão clara e silêncio entre elas. “The Spiral Jetty” encontra a loucura de “Weight Of The Sun” que descamba na reprise de “Pure Radio Cosplay”. É sempre uma camada sonora massiva por trás pavimentando o terreno para riffs, solos, efeitos e atmosferas diversas em cima. Melhor ouvir:
httpv://www.youtube.com/watch?v=zsF5y1XhGuA
Conceitual – dividido em duas partes – vintage e paradoxalmente moderno. Um dos discos mais estranhos do ano, de uma banda que parece sempre “nova”, ainda que já tenha um bom tempo de estrada nas costas. E se dá ao direito de terminar com essa suíte aí…