Gustavo Maguá faz parte de uma certa “nova geração” da música mineira, que inclui nomes como Thiago Delegado, Lucas Avelar, Pedro Morais, Warley Henrique e alguns outros. Sem entrar na ala feminina, também recheada. Não por acaso, todos chapas, colaborando mutuamente e com várias conexões entre si. Fruto de uma cidade que respira música tanto nos seus charmosos bairros e comunidades quanto na tradição propriamente dita da música popular e erudita. Se tem algo que BH pode se orgulhar, é disto.
Maguá navega na praia do samba, seja ele rock, de raiz, marchinhas, partido alto ou com pegadas de bossa nova, soul e afoxé. Lançando seu primeiro disco – Volume 1, que pode ser ouvido e baixado gratuitamente no site oficial – Maguá escolheu o teatro do Museu Inimá de Paula, em parceria com o Conexão Vivo, para a empreitada.
O bom público presenciou sambas classudos e suingados de autoria própria, embebidos em diversas vertentes, escorado pela competente banda de apoio e um naipe de metais coeso. “Samba pra João”, em parceria com Flávio Renegado, “Homenagem Ao Mané”, quase um pagode e “Samba do Apagão”.
httpv://www.youtube.com/watch?v=TLRO5lIlNHY
“Casa de Marimbondo”, acima, foi um dos destaques. Alternando momentos de balanço com duas músicas apenas voz e violão – “Cantando no Toró”, de Chico Buarque e a gostosa “Não Vou Pra Casa”, de João Gilberto – Maguá conquistou os presentes, tanto aos que conheciam a sua música quanto aos que estavam descobrindo agora. 50 minutos que comprovaram o talento e a desenvoltura deste bom nome da música mineira.