Skip to content →

Quake III: bots escolhem a paz ao invés da guerra

Estou um tanto maravilhado por essa história, que mostra o quanto a Inteligência Artificial pode – assustadoramente – superar a ordem normal das coisas e literalmente pensar e agir por conta própria. “Quake” é um dos ícones dos FPS, um dos maiores hits do gênero nos anos 90. Pois bem, o sujeito resolveu programar 16 bots para jogar por conta própria num servidor e deixar eles lá para ver o que aconteceria.

Surpresa: ao invés da guerra infinita, após 4 anos os bots perceberam que a única maneira de sobreviver era a paz. Apenas deixaram de guerrear.

“According to a mysterious message board thread from 2011, in about 2007 one gamer set up a server of 16 bots playing each other in and endless, pointless war.

In 2011, four years later, he remembered the server, and returned to it.

According to the thread on 4Chan, the gamer found that the bots had evolved to do absolutely nothing. Instead of running, shooting and killing, they had learned that the only way to ensure their survival was to abandon violence, and simply stand facing each other, forever – as one gamer in the threat put it, “waiting for a purpose or salvation”.

Nobody could win – but nobody could die. A peaceful stalemate had emerged naturally, after four bloody years.”

Igualmente impressionante: a quantidade de informação – de táticas e etc – acumulada POR CADA bot ficou em 512mb, totalizando 8GB de info.

A paz só acabou quando o responsável resolveu entrar na peleja e começar tudo de novo, mostrando como os bots reagiriam à um elemento estranho no universo em que criaram. Uma bela historinha moderna que ilustra muito de uma porrada de literatura, cinema, tecnologia, teorias e o escambau.

Quantas referências vieram à sua mente com isso? Pois é.

Leia a história completa no Huffington Post e o print do fórum de discussão aqui.

Jornalista investigativo, crítico e escritor. Publico sobre música e cultura desde 2003. Fundei a Movin' Up em 2008. Escrevi 3 livros de contos, crônicas e poemas. Venci o Prêmio de Excelência Jornalística (2019) da Sociedade Interamericana de Imprensa na categoria “Opinião” com ensaio sobre Roger Waters e o "duplipensar brasileiro" na Movin' Up.

Published in Games