Eu vou botar
Eu vou botar a bola para remexer
A pedra todo mundo vai fazer
Provavelmente você já ouviu esse refrão por aí. “Rubi” é um dos maiores sucessos de 2009. Mas não aparece nas listas “oficiais”. Assim como “Maciota Light”, “Amado”, “Soca, Soca”, “Tem Que Ser Você” e outros hits chupinhados pela banda Djavú. A expressão “ninguém é de ninguém”, sempre usada para festas de ritmos populares onde a pegação come solta, serve perfeitamente para a criação do tal grupo, envolvido num dos maiores imbróglios da música verdadeiramente popular brasileira que tenho notícia.
Uma mistura de realismo fantástico, folclore, picaretagem e jeitinho pouco vista na história humana. Imagine que você contrata uma banda. Neste meio tempo, esta banda briga com o empresário e os shows começam a ser marcados por outra pessoa. Esta pessoa vende o mesmo show para a mesma cidade que você acabara de contratar. Você liga, claro, puto da vida, e recebe um simpático “azar o seu”. O que faz? Monta uma banda cover da que estava interessado, chupinha os maiores sucessos do tecnobrega, forma o grupo, grava um DVD, tudo mais que nas coxas e lança o material nos camelôs da Bahia, Sudeste e afins.
De repente, o seu grupo (Djavú) é a banda mais estourada do ano no Brasil. O faturamento bate nos 3 milhões de reais por mês. Bate-boca, confusão, processos, dezenas de outros clones, ameaças de morte, possível participação de Gugu Liberato e outros “rolos” fazem parte do pacote.
Apesar de já aparecer na mídia a briga Djavú x tecnobrega, Pará x Bahia, a reportagem “O Watergate do tecnobrega”, comandada por Timpin, tocou no centro do esquema.
Dá pra imaginar onde tudo isso leva…somos ou não uma terra fascinante? As majors devem estar morrendo de inveja por não terem feito o mesmo (ou nem tanto).
Vamos cantar:
httpv://www.youtube.com/watch?v=QeMO71Ql0fU