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Herod Layne retorna com “Umbra”

Meu primeiro contato com a Herod Layne foi em 2008, quando fiz essa entrevista com os caras. De lá pra cá muita coisa aconteceu, incluindo a entrada do guitarrista Lucas Lippaus em 2010, registrada nessa segunda entrevista aqui, quando pude conferir a banda ao vivo. A recém entrada de Lippaus no grupo já demonstrava um impacto forte, com seus timbres soturnos, seus improvisos e a adição de peso e noise ao já maturado e caótico som do grupo.

Lançando o terceiro disco, após “In Between Dust Conditions” e “Absentia”, a banda agora atende apenas por Herod, tirando o “sobrenome” que entregava boa parte da influência de Pink Floyd lá do início. A ótima arte da capa é do artista polonês Michal Giedrojc, lembrando, claro, Storm Thorgerson, falecido recentemente.

O primeiro single, “Collpase”, ganhou uma coreografia de ballet (sim!) interessantíssima:

httpv://www.youtube.com/watch?v=T8AZ_VqpFSs

O álbum traz participações especiais de Jair Naves nos vocais de “Limbo”, Cadu Tenório (Sobre a Máquina, VICTIM!) nos vocais e efeitos de “Penumbra”, e Filipe Albuquerque (Duelectrum) nos vocais de “Blinder”, além do produtor Joaquim Prado (Tratak, City Fuss) tocando guitarras e synths em diversas faixas.

Para download gratuito no site da Sinewave, selo de música instrumental alternativa tocado por Elson Barbosa e Lucas Lippaus, “Umbra” é pra ser ouvido com atenção. No mínimo com o mesmo cuidado que a banda teve para concebê-lo.

Jornalista investigativo, crítico e escritor. Publico sobre música e cultura desde 2003. Fundei a Movin' Up em 2008. Escrevi 3 livros de contos, crônicas e poemas. Venci o Prêmio de Excelência Jornalística (2019) da Sociedade Interamericana de Imprensa na categoria “Opinião” com ensaio sobre Roger Waters e o "duplipensar brasileiro" na Movin' Up.

Published in Cena BR